Impressões da Vida
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Tempo de Espera (?)
Decididamente não nasci para ser escritora.... nem mesmo cronista (minha paixão). mais uma frustação para eu carregar nesta minha malinha (no bom sentido) rsrsrsrs. Deixe eu ser mais clara!!! Pensei que quando tivesse um espaço como este para (narcisamente) registrar os meus pensamentos e o meu olhar sobre os acontecimentos da vida , faria isso de maneira contínua, periódica ou pelo menos com uma frequencia maior do que a que venho praticando: bienal.
Por muitas vezes tive vontade de escrever porém não tinha tempo ou condições adequadas, por outras tinha as condições (tempo e ferramenta) mas estava totalmente sem inspiração, mesmo com a minha vida passando por um turbilhão de acontecimentos inesperados (embora as tarólogas da vida me disseram que eu pedi para passar por tudo que estou passando..... o que também me faz pensar que peço tantas coisas mais interessantes e urgentes para Deus e Ele resolveu atender justamente este pedido!!!!)OK voltando: desde Outubro de 2010 que venho a cada dia vivendo todos os tipos de emoções e sentimentos (bons e ruins) e que até este exato momento continuam agindo dentro de mim de maneira quase ordenada. Digo quase ordenada pois percebi que os hormônios que habitam o meu corpo influenciam, mais do que eu pensava, na maneira como conduzo os meus pensamentos e sentimentos. Resumidamente (se é que dá para resumir este tipo de acontecimento) hoje sou e estou bem diferente daquela Elaine dona de casa, vivendo uma vida bem pacata, que começou a escrever neste blog pedindo entre outras coisas que acontecesse alguma coisa para mudar a minha rotina.. eis que: estou separada do meu marido (este que sempre, durante 24 anos de relacionamento, me dizia diariamente que me amava e que não conseguiria viver sem mim, que caso eu morresse antes dele, ele não sabia se iria suportar a minha ausência..... porém hoje se diz perdidamente apaixonado por outra mulher....); estou morando e trabalhando em SP (na empresa que há 7 anos sai, embora adorasse trabalhar nela.....); morando na casa do meu pai (com ele e com os meus filhos) e tentando desesperadamente identificar e abrir novas perspectivas na minha vida (como um coração que infarta e vê o seu sistema circulatório procurando abrir novos caminhos para continuar vivo), recomeçando e principalmente resgatando a pessoa que sou, pois no decorrer da vida quando casamos e temos filhos, nos dedicamos tanto as pessoas e ao meio que vivemos (família) que deixamos de ser aquela pessoa que estava no início da história ..... Muuuiiiiitas coisas aconteceram, muitas lágrimas e sorrisos foram expressos, muitas palavras foram ditas e outras não... e até agora e, sinceramente, não sei qual é o final dessa história, se é que ela está terminando...
Revisei muitos dos meus conceitos e alguns valores, li alguns livros que versaram sobre o meu momento, ouvi muitas músicas que me fizeram feliz e outras tantas que me levaram pro fundo do poço; conversei com várias pessoas (cada qual logicamente com as suas vivências) e principalmente me olhei de outra forma e perspectiva.
Anotei várias frases que pareciam dizer exatamente o que queria ouvir naquele momento, enfim, vivo cada dia transitando entre o passado, futuro e algumas vezes no presente.
Sei que passar por uma experiência dessas não mata mas com certeza fortalece muito!!!! E é assim que me sinto hoje um pouco mais forte porém ainda frágil (se é que dá para entender), buscando valorizar o que tenho e não me prender ao que se foi. Olho para vida e continuo não entendo os designos de Deus, embora os respeite.
E assim vou dando início a uma nova fase da minha vida onde com certeza terei muitas coisas para deixar registradas neste espaço.
Um abraço!!!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
DOM!
DOM: Há muito tempo venho pensando no assunto (mais ou menos há uns 27 anos.....): qual é o meu dom, ou melhor, tenho dom para quê? Esta pergunta sempre me ocorre naquele mesmo momento sublime (para quem não sabe qual é, terá que ler as postagens mais antigas, hehehehee) tá bom, vou facilitar: o da lavagem de louça.... Bem, voltando ao tema, cheguei a uma conclusão que me bastou: dom é aquilo que vemos outras pessoas fazendo e achamos: "Muito fácil, nada de mais, eu poderia fazer igual ou melhor" mas sem maldade ou pretensão nem menosprezo, simplesmente reconhecemos aquele trabalho como algo que faríamos com desenvoltura, entendeu? Resumindo: é aquilo que você não COPIA mas sim CRIA! Esta percepção para mim foi fantástica, pois me ajudou muito a perceber o que sou e o que eu gostaria de ser (e não consigo). Tem coisas que queremos fazer porém não conseguimos criar e então passamos a copiar... se formos bons na cópia até que fica legal, satisfatório, porém se outras características pessoais nos impede (mesmo querendo) de fazer uma cópia boa, a coisa fica feia e aí vem a frustração e aí voltamos ao ponto inicial de tentarmos mais uma vez..., e assim por diante! É como se aquilo que fazemos com desenvoltura, criando com normalidade, não tivesse importância uma vez que é tão natural.... Sou do signo de gêmeos, sempre li e ouvi em toda a minha vida que sou: comunicativa, tenho excelente didática, adoro ler, escrever.... e mesmo assim lá vai eu para outros lados, gastando a minha energia produtiva (e me frustrando) em outros caminhos, copiando sempre algo (que nunca fica bom, pois não tenho paciência de terminar o que começo, mesmo gostando), enfim, é uma .... Aí eu me "pego" pensando novamente na facilidade e no prazer que tenho em lidar com o assunto da comunicação porém arrumo todas as desculpas possíveis (já até cancei-me de muitas delas) e não sigo adiante. Que coisa chata que é ser assim!!! Bem, mas não quero transformar este post em algo dow e sim ajudar a mim e a quem um dia quem sabe ler a reconhecer o seu próprio DOM, a perceber para que de fato "serve" .... Durante a digitação deste post lembrei da passagem bíblica (já disse que não sou boa em lembrar detalhes destas passagens, por isso se houver algum grande engano, já tô pedindo desculpas...) onde são distribuídos "dons" a 3 irmãos e depois é cobrado de cada um o que dos seus dons foram feitos: um enterrou com medo de perder, o outro não me lembro o que fez (mas não foi boa coisa) e o 3º gerou frutos e acertou! Então eu me pergunto: será que estamos utilizando de forma correta o dom que nos foi concedido? Aquela máxima que diz: "Santo de casa não faz milagre" me faz também linkar com esta questão do dom, pois volto a dizer que o que fazemos com naturalidade muitas vezes não é valorizado nem por nós mesmos e assim acabamos por "enterrar" juntamente com o nosso dom, a possibilidade de sermos felizes nos sentindo realizados em nossa profissão e consequentemente arranhando o lado pessoal também. Acredito que muito dos problemas humanos estão relacionados com esta falta de prazer em passar a vida fazendo o que não gostamos, apenas pelo lado prático e financeiro. É lógico que dinheiro é bom e todo mundo quer (só não quer quem tem muito, engraçado né?) mas seguir o nosso dom não significa que financeiramente não seremos realizados, pois sempre tem gente ganhando dinheiro (e muito dinheiro) com aquilo que também sabemos fazer.... Bem, fica aí lançado no ar ou na net a questão/reflexão. Até o próximo!