quinta-feira, 4 de junho de 2009

Você aceita um conselho...............



Como diria um humorista : "petacular" .... Incrível como sempre conseguimos dar conselhos, fazer uma análise crítica e objetiva a respeito da vida do outro, e não precisa ser um outro próximo não, pode ser o outro amigo do vizinho que mora bem longe, pois apenas com algumas poucas informações a respeito da vida desse outro, nós conseguimos de maneira prática e didática dizer exatamente o que aquela pessoa deve fazer, não importando sequer se o assunto é no campo sentimental, profissional, familiar... e o pior independente até se a nossa vida está bem equilibrada, resolvida sobre aquele mesmo assunto. Conseguimos dar o rumo certo para a vida de qualquer pessoa, menos da nossa.... Aí ocorreu-me também a questão do conselho: por que é tão fácil dar um conselho para uma pessoa e é tão difícil seguirmos um conselho de alguém, mesmo que esse conselho venha de alguém como o nosso pai, mãe, irmão, filho, enfim, aquela pessoa acima de qualquer suspeita, pois deseja para nós somente o melhor. A resposta esteja talvés no fato de que quando damos um conselho para outro estamos analisando a questão, estamos levando em consideração a lógica dos fatos é como se estivéssemos resolvendo um problema de matemática onde não cabem divagações mas somente a realidade. Já para aquele que está sendo analisado, aquele que está vendo a sua vida dissecada como um pedaço do corpo humano, ah este está totalmente envolvido pelo sentimento e aí se faz toda a diferença... Quer coisa pior que alguém vir e reduzir todo o seu problema o seu dilema a poucas palavras! Que raiva! Quem está sendo analisado e a palavra já diz tudo "análise" não quer saber da lógica dos fatos pois a sua vida é puro sentimento, é coração, é emoção. Quando alguém diz o que o outro deve fazer, ele não está considerando o sentimento pois ele não vivenciou, ou seja, não viveu! pois vivenciar algo é sentir, é viver e só o que tem vida é que tem sentimento e se assim não fosse a máquina não seria a máquina e sim mais uma variação da espécie humana. Quer aflição maior que um pai/mãe que tenta dar um conselho para o filho e este não segue o conselho? E provavelmente não seguirá pois o pai/mãe viveu aquela experiência e sabe o resultado daquilo (resultado lembra matemática) mas o filho não viveu aquilo, não sentiu aquilo e por isso não consegue chegar ao "resultado" é como se tivesse também que aprender a fazer sozinho aquela "conta". Seguindo no mesmo raciocínio é a mesma coisa ao "analisarmos" uma pessoa em depressão: a pessoa depressiva nada mais é do que aquela que está totalmente envolvida pelo sentimento. Ela está mergulhada, afundado no seu sentimento, na sua dor, no seu desamor, na sua frustração e mesmo sabendo disso, ela não quer raciocinar ela só quer sentir.... Ela quer que aquele sofrimento, sentimento seja o mais profundo do mundo (mesmos sabendo que não é), ela não quer racionalizar o seu sentimento pois se o fizer, ela verá que as coisas não são "tãããooo" ruins assim.... A pessoa depressiva só quer sentir, ir até o fundo do seu poço interior e a última coisa que deseja ouvir (embora precise ouvir) é de que ela não está raciocinando, não está analisando a situação. Na outra ponta temos o que chamamos hoje do sociopata que é o oposto do depressivo, pois ele é só razão. Não venha falar para ele sobre sentimentos, ele não quer saber de sentimentos, ele apenas deseja analisar, racionalizar as suas atitudes mesmo que no fundo do seu poço ele saiba que está errado mas a última coisa que deseja ouvir é que ele deveria ser mais sentimental, deveria olhar mais a vida com amor, carinho, respeito, enfim com sentimentos. Cada vez mais me convenço que a nossa missão é o equilíbrio. Tudo em nós deve ser dosado de maneira a atingirmos o equilíbrio entre e a razão e a emoção. Não é atoa que temos dois órgãos fundamentais tão diferentes e tão dependentes um do outro: coração e cérebro uma vez que para sermos considerados mortos, um dos dois tem que parar de funcionar. Somos como disse em outra vez: uma receita (pode ser de qualquer coisa que você goste: doce ou salgado: livre arbítrio) pois temos dentro de nós TODOS os sentimentos bons e ruins e devemos saber usá-los na proporção certa, no momento certo, tipo: muita farinha de trigo e uma pitada de sal, 12 ovos e uma colherinha de essência de baunilha..... Pode parecer brincadeira mas é a pura verdade (olha eu dando conselhos.....) temos que manter o nosso coração (sentimentos) controlado pelo cérebro (razão) e o nosso cérebro envolvido pelo nosso coração (sentimentos). E como eu adoooooro dar conselhos, vai um aí: quando você perceber que está sendo muito crítico coloque uma pitada de emoção no seu pensamento mas se você estiver muito emotivo (tipo: meu mundo caiu) coloque uma colherinha de razão.... e mexa sempre tudo com uma colher de bom humor!!!!!!!!

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