quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

ATITUDE




Tudo bem 2009 já está aqui entre nós e.... sabe aqueles planos que fazemos a partir de Novembro do ano que está acabando e que a cada dia mais próximo do Ano Novo eles nos parecem tão realizáveis mas que para serem reais temos que esperar o calendário virar ? e que exigem apenas um detalhe para se tornarem concretos: NÓS! aí eu me pergunto: por que protelo tanto para fazer o que me dá prazer? Por que tento me enganar , atarefando-me com uma série de "coisinhas" que com certeza não tem a importância que naquele momento eu estou tentando dar a elas... e tudo isso apenas para adiar o que eu quero e preciso fazer há anos: ESCREVER! é como se ao mesmo tempo eu soubesse que não importa o quanto tempo eu demore para começar: eu vou conseguir me realizar através da escrita! ou o oposto: enquanto eu não começo, eu fico com a esperança de ter algo que um dia possa me dar um prazer enorme de realização mas que, ao fazer, não seja nada do que eu almejava. Nossa que drama! Eu vou escrever para mim e isso deve me bastar! Bem já comecei o ano de 2009 realizando e a propósito a minha palavra de ordem deste Ano de 2009 é ATITUDE! (há 3 anos comecei, meio que sem querer, a pensar em palavras que me acompanharão no Ano Novo e sabe que tem sido uma experiência muito interessante... é como se, instintivamente, eu soubesse o que devo focar no Ano Novo. Às vezes para não perder o pique eu começo a realizar o que desejo antes mesmo do ano terminar (tipo começar o regime no domingo ou a academia no sábado e não na segunda) e está sendo assim: para 2009 eu me propus: ESCREVER, costurar (já fiz algumas almofadas e cortininhas), pintar dois vasos que tenho no jardim (já pintei) e com a furadeira em mãos pregar algumas peças que já estavam empoeirando no quartinho (já pendurei todas), inclusive disse à minha filha de 10 anos "Uma mulher só é independente dos homens se souber 1º dirigir e 2º usar uma furadeira"!
Bem mas deixando as pequenas realizações domésticas de lado vamos ao texto que interessa (pelo menos a mim).
Estava eu num momento sublime do meu dia: lavando a louça do jantar... quando comecei a pensar que somos uma receita de bolo onde são necessários vários ingredientes, porém o segredo para que dê certo o bolo está na dosagem deles! esta conclusão veio depois que fiquei pensando como seria bom se um dia eu conseguisse tornar-me uma cronista (de sucesso é claro) ao ponto de ser recompensada financeiramente pelas crônicas, de ser convidada para dar entrevistas na TV (ex: Marília Gabriela entrevista!) e tudo o mais que o reconhecimento público do meu trabalho pudesse proporcionar.... quando parei e me disse: "Você é muito pretenciosa mesmo!" mas na sequência respondi-me: "Por que não ser pretenciosa, será um ato falho da minha personalidade ter a pretensão de ser reconhecida de forma positiva por outras pessoas a respeito dos meu pontos de vista, do meu olhar sobre a vida? E aí é que me ocorreu esta frase: somos uma receita pois somos feitos de todos os sentimentos que compõe o ser humano: vaidade, pretensão, raiva, inveja, carinho, amor, compaixão, dignidade, humildade, paixão, ódio, insensatez, coerência, bom senso, bom humor, mau humor, audácia, desejo, apatia, determinação.... enfim, somos feitos de todos estes ingredientes, ou melhor, sentimentos! e aí entra a dona da razão (meio que a dona da "pensão") aquela que não deixa a casa virar uma zona e sutilmente ou aos berros "moraliza" a ação destes sentimentos e nos dá o formato que vamos assumindo ao longo da vida. E então eu respondi para mim mesma naquele momento sublime (o da louça, lembra?) sim, vá em frente, seja pretenciosa, audaciosa, realizadora, não tenha medo da rejeição ou pior da indiferença dos outros pois isto você já as tem a partir do instante em que você por medo desta rejeição não realiza o seu desejo e outra coisa, se a quantidade de pessoas que gostar não for suficientemente expressiva para você (tipo assim: pai, mãe, melhor amigo ou amiga.... aquela estória de parentes próximos, entendeu?), não importa pelo menos você estará economizando o dinheiro da terapia (nada contra a categoria, muito pelo contrário). Na verdade precisamos de uma válvula de escape e mais do que isso: que ela funcione para que coloquemos os nossos fantasmas para fora, fazendo uma faxina interior que não deve ser entendida apenas como uma limpeza das coisas ruins e sim uma organização e exteriorização do que realmente nos move e de como verdadeiramente somos e pensamos a respeito das nossas experiências de vida. Que este texto que serviu para mim como o início de uma caminhada (se grande ou pequena só o tempo dirá) não importa, sirva como um sentido para que caso você também não só tenha um desejo mas principalmente realize-o e para isto tenha ATITUDE!

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